Postado em 08 de Novembro de 2022

As operadoras de telecomunicações já estão disponibilizando serviços de conectividade 5G em muitos lugares do Brasil, mas ainda existem diversos obstáculos que podem dificultar a adoção massiva da tecnologia e atrasar um pouco os planos da tão sonhada transformação digital completa.

Apesar desses obstáculos, os casos de uso de 5G já começam a se materializar. Os investimentos no setor estão aumentando exponencialmente e a quantidade de negócios e aplicações relacionadas ao 5G também devem disparar em breve. O desafio então é entender como podemos utilizá-lo em sua totalidade no segmento de telecom.

O 5G tem um potencial enorme para ser o viabilizador de uma mudança econômica revolucionária e, por isso, exige componentes adicionais ao acesso de rádio tradicional (RAN), a rede de transporte e ao CORE de rede móvel. Ou seja, para atingirmos níveis mais altos do potencial da rede 5G, vamos precisar aumentar as nossas capacidades de orquestração da rede, a segurança dos componentes e elevar ainda mais os níveis de serviço.

Diante desse cenário, elenco aqui quatro elementos que serão imprescindíveis para esse ecossistema:

OpenRAN - O maior objetivo do OpenRAN está na democratização da rede. Ele permitirá que as operadoras acelerem a inovação com a implantação mais rápida e estruturada de novas funcionalidades e serviços. O OpenRAN também será responsável pela redução de custos dos equipamentos de rádio, uma vez que as operadoras conseguirão evitar de ficarem presas a um único fornecedor, como acontece com a RAN tradicional, o que traz mais concorrência para o mercado e, consequentemente, preços mais competitivos.

Uma estratégia de adoção de um ecossistema aberto, como o OpenRAN, será imprescindível para a expansão da rede na velocidade necessária, além de alterar fundamentalmente como as redes de rádio são implementadas e usadas para, desta forma, gerar valor e melhorar a experiência de conectividade dos usuários.

CloudMetro - Para a grande maioria dos casos de uso 5G será imprescindível a utilização de serviços dispersos em nuvens privadas, públicas ou até mesmo hibridas. Com isso, uma arquitetura multisserviço CloudMetro será necessária para oferecer uma melhor experiência ao usuário final, agregando segurança e confiabilidade. Além de atender a demanda de múltiplos casos de uso, um ambiente CloudMetro remove também a complexidade de administração do ambiente e, consequentemente, reduz as despesas da operação de uma Cloud segregada e ajuda a elevar os níveis de serviço, podendo utilizar funcionalidades como Network Slicing, Service-Aware e Cloud-scale.

Automação de rede - A qualidade do serviço cada vez mais será um diferencial competitivo fundamental, principalmente para as operadoras de telecomunicações. Estamos chegando em um momento em que acompanhar as expectativas dos clientes é insuficiente e, para se destacar no mercado, é preciso superá-las. Essa nova demanda exige a construção de uma rede que seja responsiva, adaptativa, elástica e robusta - que só será possível por meio de soluções de automação de rede.

A automação de rede ajudará as operadoras a reduzir o custo da administração e operação do ambiente, utilizar melhor os seus recursos e reduzir o tempo de indisponibilidade dos serviços. Além disso, com o apoio de Inteligência Artificial também será possível prever uma falha iminente e tomar ações corretivas antes que essa falha ocorra, ou ainda utilizar funcionalidades de Machine Learning para ajudar a fazer o planejamento do aumento de capacidade do backbone.

Segurança integrada - Diariamente as operadoras de telecomunicações enfrentam diversos riscos e desafios que podem interromper ou degradar as suas atividades. Com a descentralização dos serviços exigida para a maioria dos casos de uso 5G, a tendência é que os pontos passíveis de sofrer um eventual ataque se multipliquem de forma exponencial na rede e, para enfrentar esse cenário, as operadoras deverão se adequar para um modelo de segurança integrado, a fim de conseguir proteger de forma efetiva os usuários, as aplicações, os dados e a sua própria infraestrutura. Isso porque um sistema de segurança integrado estenderá a inteligência de detecção de ameaças para todos os pontos de conexão com a rede, aproveitando toda a infraestrutura da operadora para detectar e mitigar os ataques.

Somente a integração fim a fim desses componentes poderá oferecer uma experiência única para os usuários e, consequentemente, a utilização de todo o potencial da rede 5G. Mas, para isso, será importante que as operadoras de telecomunicações se aliem a parceiros tecnológicos que possam ajudá-las de forma consultiva com essa transformação, que irá levá-las a um novo patamar de qualidade de serviços.

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