Postado em 21 de Setembro de 2021

O mundo caminha para um cenário global cada vez mais hiperconectado. Hoje, uma típica família de classe média brasileira tem em sua casa ao menos 10 dispositivos conectados à rede Wi-Fi – são notebooks, smartphones, tablets, assistentes virtuais até eletrodoméstico inteligentes.

Essa estimativa tem muito a ver com a aceleração do digital, provocada pela pandemia, que assolou o planeta e o colocou em uma bolha. A conectividade, portanto, passou a ser passaporte para sobrevivência de negócios e sociedade, e vem despertando a atenção de empresas de variados portes, algumas já cedendo lugar de destaque para essa evolução.

Nesse redesenho, o tradicional Wi-Fi 5 começa a perder posições para o Wi-Fi 6 (802.11ax), o novo padrão de rede wireless, é mais rápido e mais seguro, com nomenclatura mais simplificada, acenando para o mercado com uma lista atraente de benefícios como aumento de banda de 3,5Gbps para 9,6Gbps, menor consumo de bateria para a conectividade, menos consumo de energia e mais dispositivos conectados.

Os avanços possibilitam que os access points suportem mais clientes em ambientes densos e proporcionem uma melhor experiência nas redes LAN sem fio padrão e aumento no nível de segurança dos dispositivos conectados na rede Wi-Fi. Sem contar que muitos dos outros problemas também serão resolvidos com o aumento da adoção desta tecnologia, como a sobrecarga de pontos de acesso públicos, proporcionando maior eficiência e desempenho aos usuários conectados.

Oportunidades de negócios

O Wi-Fi 6 está provocando um aumento expressivo de oportunidades de negócios com aplicações inovadoras. Em aeroportos, por exemplo, é possível analisar toda a jornada dos passageiros, da entrada até o embarque, e ainda visualizar o seu fluxo do check-in até a segurança, da loja até o embarque, e dos portões à imigração, à alfândega e à saída.

Em shoppings, a tecnologia permite criar públicos-alvo personalizados com base em dados demográficos, como idade, sexo e interesses, bem como mapear comportamento de compra, reunindo informações valiosas para a criação de campanhas de marketing social, móvel e por e-mail, específicas para cada grupo de consumidores.

Aplicações em IoT, realidade aumentada, realidade virtual, vídeos em 4k e 8K serão potencializadas e irão viabilizar inovações em variados tipos de negócio. O novo padrão de redes sem fio contempla equipamentos que operam na faixa de 5.925 MHz a 7.125 MHz, modificando o atual Ato nº 14.448/2017, responsável por estabelecer os requisitos técnicos de equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita.

Neste momento, certamente você deve estar se perguntando: mas e o 5G não irá “matar” o Wi-Fi 6? Não, isso não vai acontecer, porque são tecnologias complementares, ambas com boa velocidade e latência. O Wi-Fi 6 tem um custo menor de implantação, manutenção e escalabilidade e, diferente do 5G, não exige licenciamento de frequências ou equipes de alta performance para sua implantação e gestão.

Movimentação do mercado

Mais de 80% das empresas esperam implementar aplicações e serviços sem fio primordialmente na nuvem, em até três anos. É o que revelou estudo global realizado pela Deloitte, em nove países – Austrália, Brasil, China, EUA, Holanda, Índia, Japão, Portugal e Reino Unido. No Brasil, foram entrevistados 51 executivos, responsáveis pela rede de dados.

Apesar do amplo conhecimento apresentado pelas empresas brasileiras, que participaram do levantamento sobre Wi-Fi 6 (82%), um dos grandes desafios é como implementar e inserir novas conectividades em suas rotinas. Ainda há toda uma jornada de aprendizado e adequação.

O importante é que o mercado brasileiro está despertando para a última geração de conectividade, demonstrando maturidade e disposição em investir na tecnologia, atraído pela redução de custos, melhorias de eficiência e obtenção de vantagens trazidas pelas novas tecnologias. Mas o desafio para implementação ainda é grande, segundo o estudo.

Um dos motivos para esse quadro está relacionado à busca pela escolha assertiva de um bom parceiro. A pesquisa revelou que seis em cada dez empresas que adotam a conectividade sem fio avançada desejam reconsiderar os fornecedores.

Afinal, a implementação será tão bem-sucedida quanto maior for a experiência do parceiro e de todo o seu ecossistema de negócios, que apoia a construção do melhor desenho estratégico, sob medida para cada cliente.

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