Postado em 08 de Fevereiro de 2022

Ao tomar a decisão de migrar a operação para a nuvem, é dada a largada a uma jornada que vai desde a avaliação do atual ambiente à estratégia adequada de migração. E nessa trilha há muito a ser feito. Tudo precisa estar bem estruturado para que a cloud vá ao ar, funcione plenamente e cumpra o papel de transformar o negócio. Estamos falando de “cloud running”, quando o negócio está rodando em linha na nuvem.

Antes disso, no entanto, há uma jornada a cumprir. É preciso avaliar o ambiente, definir o que deverá ser migrado, traçar o roadmap da transformação, analisar requisitos dos workloads e como o ambiente será integrado, saber qual tipo de nuvem é ideal, estimativa de custos. E mais: tecnologias necessárias para sustentar a estratégia, quais paradigmas serão quebrados na jornada do modelo tradicional (on-premise) para nuvem pública, ou se será traçado um desenho híbrido, treinamento da equipe no novo modelo.

Depois dessa rota inicial, a operação decola para a nuvem, e aí? O desafio agora é manter o ambiente cloud não somente funcionando, mas com alta eficiência, o que requer manutenção e atualizações constantes.

Como a cloud é evolutiva, é preciso manter o ambiente atualizado com as novas techs do mercado, especialmente em segurança, novos serviços, novas versões de serviços e de infraestrutura, com máquinas novas e com mais capacidades. Para não usar coisas obsoletas, que dão mais trabalho e não atendem mais aos requisitos de negócios, é preciso atualizar o parque constantemente.

Agilidade, segurança e eficiência

Como cumprir essa jornada e ao mesmo tempo manter o negócio em pleno vapor? A movimentação no mercado aponta para a terceirização desses serviços, que estão passando para as mãos dos Managed Service Providers (MSPs), provedores de serviços gerenciados. De acordo com estudo global State of the Cloud Report 2021, da Flexera, com 750 profissionais técnicos e organizações, custo, governança e segurança continuam sendo grandes desafios.

O levantamento mostra que 61% dos participantes estão terceirizando pelo menos algum trabalho em nuvem, com 29%, envolvendo MSPs para a maior parte do seu uso de nuvem pública. Perto de 50% de pequenos negócios usam esses serviços contra 63% nas grandes empresas.

Essa caminhada que já se apresenta expressiva em direção a parcerias com MSPs é apoiada na garantia de monitoração integrada de ambientes híbridos, sustentação de aplicações na nuvem, suporte e otimização de recursos computacionais, modernização de aplicativos, usando DevOps, métodos ágeis e governança integrada - combinando estratégias.

Alerta vermelho

Cloud running é um assunto vasto. Isso porque gerenciar nuvem é controlar e orquestrar produtos e serviços que nela rodam: usuários, acessos, dados, aplicações e serviços. É preciso simplificar, agilizar e tornar inteligente o acesso a recursos necessários, automatizar processos e realizar ajustes, mas de olho nos custos. Este último é um ponto crítico da estratégia, um dos alertas-vermelhos e, por essa razão, será tema do próximo artigo: FinOps.

Isso porque FinOps é hoje, mais do que nunca, uma necessidade, porque se trata da gestão financeira da nuvem, uma prática comum em grandes organizações em todos os patamares de gastos. O fato é que quanto maior for o gasto, maior será essa necessidade. E quanto mais complexa a empresa e o uso da nuvem, que envolve, número de equipes, cargas de trabalho e clouds, maior será a necessidade de FinOps.

Embora algumas organizações tenham encontrado um caminho, a maioria está despertando para práticas de FinOps. Não perca este segundo episódio de Cloud Running. E já adianto que depois deles teremos mais dois: Monitoramento e Multicloud. Grandes desafios, estejam certos. Afinal, no mundo cloud, é preciso estar atento, manter constantes flexibilidade e escalabilidade, com capacidade de fazer rápidas adaptações no mesmo ritmo em que acontecem as mudanças no mercado.

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