Postado em 03 de Agosto de 2021

Quando o assunto é segurança do trabalho, o melhor dos mundos é prevenir e não remediar. É um tema crítico em todos os setores, com dados alarmantes. Um trabalhador sofre acidente a cada 48 segundos, de acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT) no país. Entre 2012 e 2018, foram registrados mais de 4 milhões de acidentes de trabalho, gerando gastos de R$ 28,81 bilhões em benefícios acidentários.

Em meio à movimentação de indústria e empresas de variados setores, na busca por recursos que ajudem a se antecipar aos incidentes e evitá-los, tecnologias baseadas na Internet das Coisas (IoT) vêm se tornando cada vez mais uma alternativa eficiente para amenizar esse quadro. Isso porque elas são capazes de aumentar a segurança na esteira da premeditação e, portanto, viabilizar estratégias, sendo facilitadoras de medidas de prevenção e proteção do trabalhador.

Mas como isso é possível? Por meio de um conjunto de tecnologias composto por dispositivos e sensores, que emitem sinais em crachás ou capacetes de colaboradores, por exemplo. Sendo assim, obtém-se em tempo real localização de funcionários, movimentação da equipe durante a realização das suas atividades e identificação de problemas de conformidade ou segurança.

Usar IoT permite ir além da prevenção. Diante da possibilidade de algum tipo de risco, a tecnologia emite alertas em tempo real para que medidas sejam tomadas rapidamente. Um dos acidentes mais comuns, em especial no setor de construção civil, segundo o Observatório, são as quedas de alturas elevadas, provocados principalmente pela negligência em relação ao uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Mineração, manufatura e óleo e gás também são outros segmentos que ganham máxima prevenção em suas atividades, com o uso de tecnologias IoT, em áreas que apresentam outros tipos de risco e recebem alertas específicos relacionados às medidas de proteção exigidos por cada tipo do negócio.

A estrutura das “coisas”

Soluções de IoT para segurança do trabalho são uma composição de diversos recursos como plataforma de comunicação e dispositivo inteligente, com capacidade de processamento de informação local e de comunicação com múltiplas tecnologias.

O crachá (dispositivo) com tecnologia embarcada, que identifica todos os sistemas de uso de EPIs e outros subsistemas de informações coletando dados, é o ponto-chave de prevenção do profissional.

Ele é conectado por rede pública ou privada de comunicação a serviços de cloud, onde os dados são processados, realizados cálculos, mapas, correlações com medidas padrões de proteção e identificação de atos inseguros. Ao menor sinal de risco, o dispositivo emite alertas. Além disso, possui sensores de identificação de queda, e botão de pânico, que são acionados quando o funcionário cai por alguma razão, ou solicita socorro imediato.

Nessa arquitetura, a nuvem é essencial. É nela que são criadas as regras de cada negócio e realizadas as interfaces com outros sistemas. Assim, é possível identificar, por exemplo, um vazamento de gás com sensor para este fim, que gera o envio de alerta para o crachá que está com o colaborador.

Para total visibilidade das áreas de risco, a equipe de segurança da empresa conta ainda com painel para acompanhamento de toda a movimentação dos profissionais. Dessa forma, pode analisar em tempo real as aplicações que estão na nuvem, dados coletados que irão gerar os alertas quando necessários, entre outras informações.

Certamente, o uso de tecnologias IoT na segurança do trabalho, muito mais do que a evolução do negócio, tem papel significativo na preservação da vida do funcionário e da sua confiança em realizar suas atividades. É uma contribuição social e humanitária.

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