Postado em 17 de Agosto de 2021

Os varejistas vêm tentando cada vez mais alcançar o consumidor e sua fidelização de várias formas. Programas de fidelidade e marketing personalizado são algumas delas. Contudo, quando se trata de compras do dia a dia e compras de emergência, estar fisicamente próximo ao consumidor acaba sendo determinante.

Quando falta algum ingrediente enquanto se faz o jantar ou o lanche para filho na hora de levá-lo para a escola, o consumidor dificilmente irá ao hipermercado. Nesses momentos, as chamadas lojas de bairro são as preferidas pela proximidade e praticidade, ainda que o preço não seja um ponto forte desse tipo de varejo.

É pensando nisso que os grandes varejistas do mercado nacional estão criando estratégias para estarem mais próximos ao consumidor. Pão de Açúcar, Extra, Carrefour e Lojas Americanas já apostam, há algum tempo, em lojas de proximidade com suas bandeiras Minuto Pão de Açúcar, Extra Mini, Carrefour Express e Local Americanas.

São espaços de, aproximadamente, 100m², com sortimento focado no dia a dia e em regiões residenciais ou de grande fluxo de pedestres. Mas há um modelo que busca estar ainda mais perto do consumidor e trazer ainda mais comodidade. Um modelo que ganha cada vez mais espaço nos grandes centros, com tendência forte de crescimento, é o das Lojas de Hiperproximidade. Elas instalam-se em condomínios residenciais ou corporativos com a intenção de estarem próximas do consumidor. Desta forma não é mais necessário sequer atravessar a rua para comprar o ingrediente que faltou no jantar. Basta descer o elevador. Entretanto, esse novo conceito de varejo implica em um planejamento estruturado de toda a sua cadeia de venda.

O espaço e sortimento são menores, mas os desafios não

Os maiores desafios desse tipo de operação são a logística, o sortimento e a reposição. Com espaço reduzido, o risco de ruptura aumenta e a reposição precisa ser rápida para atender à demanda. Isto leva à necessidade de abastecimento diário, o que acaba gerando um aumento do custo logístico para a empresa. Trata-se de um modelo que necessita de suporte e investimentos em tecnologia para automação de todos os seus processos.

Outro ponto importante é que conforme o número de lojas de Hiperproximidade aumenta, também cresce a pulverização do estoque, o que resulta em um estoque total alto. Por isso, é necessário ter atenção à distribuição do capital da empresa.

Apesar do desafio, o estoque e as lojas acabam servindo como suporte logístico para o e-commerce e omnicanalidade, aumentando a capilaridade logística do varejista para a entrega dos produtos ao consumidor em tempo recorde, seja via retirada pelo próprio cliente em loja ou por um parceiro Last Miler.

Buscando um modelo ainda mais disruptivo, alguns players apostam em lojas autônomas de Hiperproximidade, simplificando a operação e melhorando a experiência do cliente. Por se tratar de lojas em ambientes controlados, a preocupação com a segurança deixa de existir e resta somente a inovação.

Autônomas ou não, as lojas de Hiperproximidade são uma forte tendência do mercado e vale ficar atento. Investir em tecnologia é fundamental para o modelo rodar sem preocupações e deixar o consumidor satisfeito.

Por Christian Rempel, Luiz Cecon e Davi Aquino, Consulting Service da Logicalis.

Comentários

Deixe seu comentário ou dúvida abaixo, lembrando que os comentários são de responsabilidade do autor e não expressam a opinião desta editoria. A Logicalis, editora do blog Digitizeme, reserva-se o direito de excluir mensagens que sejam consideradas ofensivas ou desrespeitem a legislação civil brasileira.

(String: {{item.spotify_link}})

(SizeLimitingPyList: [])