Postado em 03 de Outubro de 2024

Até bem pouco tempo atrás, o setor de mineração ocupava uma posição de pouco destaque no que diz respeito ao uso de tecnologia da informação e comunicação. Com desafios cada vez maiores pela dinâmica do mercado, tais como a competição global, a volatilidade de preços, regulamentações ambientais e de segurança cada vez mais rígidas, esse cenário vem mudando e cresce o movimento para a implantação de novas tecnologias que tragam mais eficiência e sustentabilidade às operações.   

Estamos falando na prática de soluções que vem transformando os processos operacionais, ampliando lucratividade, eficiência, produtividade e capacidade de produção. É a indústria 4.0 batendo à porta do setor de mineração, que passa a adotar plataformas de automação mais ágeis para otimização da produção, análise de dados, customização de controles e maior integração de sistemas, principalmente através das chamadas redes OT (da sigla em inglês, tecnologia da operação).  

Nesse contexto de inovação, a conectividade é fundamental e habilita os mais diversos processos em toda a cadeia de mineração: exploração e prospecção, segurança do trabalhador em campo, passando por perfuração, comunicações de missão crítica, operações remotas, até teleoperação e automatização para carregamento e transporte. Essa criticidade crescente das comunicações tem levado à necessidade de se estabelecer uma jornada de conectividade que, é bom lembrar, uma vez iniciada, deverá ser contínua. 

Para o desenvolvimento dessa jornada, uma boa fundação de conectividade é fundamental. Na prática, quando falamos desta infraestrutura estamos com foco na construção de uma base de telecomunicações na qual diferentes sistemas serão acoplados desde agora, até o futuro. Ter essa fundação bem desenhada é importante porque as operações de mineração estão sempre evoluindo e crescendo, o que exige a avaliação constante das aplicações em uso, das coberturas existentes e novas tecnologias disponíveis.  

Não é raro vermos uma rede móvel, por exemplo, ser dimensionada para uma determinada aplicação e, depois, explorada para outras tantas. É claro que ela não deve responder do mesmo modo para todas, o que torna sua operação, gestão e governança mais complexas que o usual. Há casos de áreas de mina utilizando dezenas de aplicações em suas redes móveis, cada uma delas com características específicas de uso de banda, requisitos de latência, velocidade de resposta etc. Para que possam acompanhar a demanda com a performance adequada, essas redes precisam pensar na evolução constantemente.   

E são muitos os caminhos possíveis para essa evolução, um deles, que tem sido muito discutido, é a adoção de 5G, que chega com a promessa de novas possibilidades para os usuários industriais, por exemplo, soluções críticas com requisitos de baixa latência e/ou alto throughput (capacidade de transmissão de dados).   

Avaliar as demandas atuais e futuras e conectá-las às novas tecnologias é um trabalho complexo. Trata-se de uma jornada, com um ciclo de gestão cada dia mais próximo do que ocorre no mundo de software - a entrega contínua de aplicações e atualizações, mas com muitos processos realizados em localidades remotas, usando times em campo para suporte a todo o serviço nas distantes minas e locais de produção.   

Como todo avanço da conectividade no mundo, a industrial também vem seguida de importantes desafios relacionados à cyber segurança das redes e dos dados. Quanto mais complexas estiverem as estruturas das redes industriais, maiores as chances de surgirem vulnerabilidades. É preciso, portanto, lançar um olhar mais abrangente sobre essa jornada em um setor como de Mineração, agregando aos projetos de conectividade elementos de monitoramento proteção e segurança que permitam tanto atestar o estado atual como se otimizar continuamente.  

Nesse cenário desponta o conceito de observabilidade, que permite monitorar o “comportamento” das redes em tempo real para prever eventuais problemas, seja de performance, disponibilidade ou de segurança. A observabilidade da conectividade destrava o valor ao negócio evitando paradas, melhorando performance e sustentando serviços cada vez mais cruciais para a produtividade em campo.  

Orquestrar essas dinâmicas exige conhecimentos tecnológicos muito específicos, levando as empresas a buscarem apoio em parceiros especializados. Esse é um fator crítico. Afinal a jornada de conectividade faz parte da jornada de transformação digital da mineração e a capacidade de gerir e evoluir ambientes cada vez mais complexos representa a base da mineração do futuro. 

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