Postado em 08 de Agosto de 2017
Melhor experiência do cliente, maior visibilidade de cadeia de suprimentos e redução de custos e perdas são algumas das oportunidades de aplicação de IoT no varejo.

A relação do varejo com a chamada internet das coisas é “antiga”. Em 1999, um pesquisador britânico e diretor do MIT Media Lab cunhou o termo Internet of Things durante uma apresentação para executivos da P&G sobre como integrar sistemas RFID à internet para facilitar a logística da cadeia de produção, da distribuição e da venda. Nascia a Internet of Things (IoT), que logo se popularizou e tem sido considerada como a principal tendência tecnológica dos próximos anos.

A internet das coisas é quando o mundo virtual encontra o mundo físico. A realidade do mundo é trazida em tempo real para facilitar nossa vida.

Vocês certamente já ouviram falar da Lei de Moore. Há cinco décadas ela tem sido verdade e, a cada ciclo de 12 a 18 meses, a capacidade dos microprocessadores dobra pelo mesmo custo. “Estamos em um ponto de inflexão no qual muitas tecnologias que só eram encontradas na ficção científica estão virando uma realidade cotidiana”, escreveram certa vez os professores Erik Brynjolfsson, diretor do centro do MIT para negócios digitais, e Andrew McAfee, também pesquisador do órgão e ex-professor de Harvard.

A combinação de alguns fatores tem contribuído para chegarmos ao atual estágio de evolução tecnológica:

  • Com a Lei de Moore o custo do processamento caiu mais de 60 vezes nos últimos 10 anos;
  • O custo dos sensores caiu a menos da metade nos últimos oito anos;
  • A cobertura móvel é cada vez maior e os governos têm entendido que o acesso a internet é vital para a criação da inclusão;
  • Ferramentas poderosas de BigData tem surgido para dar inteligência ao volume gigantesco de informações que a nova era digital tem gerado;
  • Com o IPv6 é possível conectar até 3,4 undecilhões de coisas na Internet (é um volume tão grande de endereços que levará 1.8 milhões de anos para se esgotar. Não estaremos aqui para ver a nova versão do protocolo de internet, assim espero...)

As oportunidades para o setor varejista são enormes. Segundo uma recente pesquisa publicada pela Forrester em novembro de 2014, o setor de varejo já está fazendo investimentos em IoT. Foram entrevistados profissionais de quase 600 empresas no mundo e se descobriu que 65% delas já tem algum projeto de IoT em andamento ou estão iniciando, provando que se trata de um tema extremamente relevante para aumento da competitividade.

Já uma pesquisa publicada pela Cisco, também no final do ano passado durante o IoT World Forum em Chicago, indica que o 79% dos executivos do setor de varejo esperam aumentar significativamente os investimentos em IoT como forma de criar diferenciação e proteção contra concorrência.  De acordo com essa pesquisa, a maioria dos executivos de varejo considera que WiFi, rastreabilidade em tempo real e sensorização são componentes chaves para sua estratégia de IoT.

Conversando com alguns colegas executivos do setor varejista, a razão principal para que eles desenvolvam projetos de IoT nas suas empresas são melhora na experiência do cliente, maior visibilidade da cadeia de suprimentos e redução de custos e perdas. É interessante que a experiência do cliente não está necessariamente associada ao aumento das vendas, mas sim a fidelização.

Mas há desafios no uso intensivo de tecnologia. Segurança e privacidade estão entre os principais. Quando conectamos tudo o que estava desconectado, há preocupações de segurança da informação que o CIO deve ter, principalmente com relação à garantia da privacidade do usuário e de suas informações pessoais. Outro desafio é o modelo financeiro correto para viabilizar a compra dessa tecnologia toda.

Os desafios são grandes, mas IoT veio para ficar. E o varejo, setor que promoveu o surgimento da IoT, precisa se preparar para esse novo mundo e para todos os benefícios que ele trará para seus negócios.

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Nascia a Internet of Things (IoT), que logo se popularizou e tem sido considerada como a principal tendência tecnológica dos próximos anos.</span></p> <p>A internet das coisas é quando o mundo virtual encontra o mundo físico. A realidade do mundo é trazida em tempo real para facilitar nossa vida.</p> <p>Vocês certamente já ouviram falar da Lei de Moore. Há cinco décadas ela tem sido verdade e, a cada ciclo de 12 a 18 meses, a capacidade dos microprocessadores dobra pelo mesmo custo. “Estamos em um ponto de inflexão no qual muitas tecnologias que só eram encontradas na ficção científica estão virando uma realidade cotidiana”, escreveram certa vez os professores Erik Brynjolfsson, diretor do centro do MIT para negócios digitais, e Andrew McAfee, também pesquisador do órgão e ex-professor de Harvard.</p> <p>A combinação de alguns fatores tem contribuído para chegarmos ao atual estágio de evolução tecnológica:</p> <ul> <li>Com a Lei de Moore o custo do processamento caiu mais de 60 vezes nos últimos 10 anos;</li> <li>O custo dos sensores caiu a menos da metade nos últimos oito anos;</li> <li>A cobertura móvel é cada vez maior e os governos têm entendido que o acesso a internet é vital para a criação da inclusão;</li> <li>Ferramentas poderosas de BigData tem surgido para dar inteligência ao volume gigantesco de informações que a nova era digital tem gerado;</li> <li>Com o IPv6 é possível conectar até 3,4 undecilhões de coisas na Internet (é um volume tão grande de endereços que levará 1.8 milhões de anos para se esgotar. 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Foram entrevistados profissionais de quase 600 empresas no mundo e se descobriu que 65% delas já tem algum projeto de IoT em andamento ou estão iniciando, provando que se trata de um tema extremamente relevante para aumento da competitividade.</p> <p>Já uma pesquisa publicada pela Cisco, também no final do ano passado durante o IoT World Forum em Chicago, indica que o 79% dos executivos do setor de varejo esperam aumentar significativamente os investimentos em IoT como forma de criar diferenciação e proteção contra concorrência.&nbsp; De acordo com essa pesquisa, a maioria dos executivos de varejo considera que WiFi, rastreabilidade em tempo real e sensorização são componentes chaves para sua estratégia de IoT.</p> <p>Conversando com alguns colegas executivos do setor varejista, a razão principal para que eles desenvolvam projetos de IoT nas suas empresas são melhora na experiência do cliente, maior visibilidade da cadeia de suprimentos e redução de custos e perdas. É interessante que a experiência do cliente não está necessariamente associada ao aumento das vendas, mas sim a fidelização.</p> <p>Mas há desafios no uso intensivo de tecnologia. Segurança e privacidade estão entre os principais. Quando conectamos tudo o que estava desconectado, há preocupações de segurança da informação que o CIO deve ter, principalmente com relação à garantia da privacidade do usuário e de suas informações pessoais. Outro desafio é o modelo financeiro correto para viabilizar a compra dessa tecnologia toda.</p> <p>Os desafios são grandes, mas IoT veio para ficar. E o varejo, setor que promoveu o surgimento da IoT, precisa se preparar para esse novo mundo e para todos os benefícios que ele trará para seus negócios.</p>}, id=post_body, name=post_body, type=rich_text, label=Conteúdo do blog}])