Postado em 13 de Maio de 2020

O Covid-19 intensificou a necessidade de digitalização de todos os setores, mas não espere o “novo normal” chegar para iniciar esse processo.

Não é novidade que a pandemia exigiu grandes mudanças, não só por parte das corporações, mas de toda a sociedade. Agora, o que está ganhando cada vez mais força nas discussões é: como será o retorno do comércio quando tudo isso passar? E como retomar as atividades depois de tantas adaptações? Os temas ainda não têm uma resposta certa, mas já é possível desenhar alguns cenários com o que está sendo feito em alguns lugares pelo mundo.  

Os Estados Unidos, por exemplo, vêm se preparando para reabertura do varejo físico. Ainda que as regulamentações não sejam exatamente as mesmas, boa parte dos protocolos e práticas recomendadas, recentemente publicadas pela NRF (National Federation Retail), podem ser aplicadas no Brasil, ou pelo menos adaptadas, ajudando os varejistas brasileiros a se prepararem para este momento. Considerando o protocolo da NRF, o plano para reabertura está estruturado em três estágios: 

1 - Quarentena 

Já bem conhecido por todos, neste primeiro estágio o isolamento social é necessário, e, por isso, foi determinada a interrupção dos serviços considerados não essenciais, o que impactou, em maior ou menor escala, no varejo físico. Com isso, soluções de e-commerce e delivery são, em muitos casos, as únicas formas de manter a continuidade das vendas e o vital fluxo de caixa, ainda que em níveis inferiores.  

Mas, mesmo os serviços essenciais, como o varejo alimentar, que pôde manter o funcionamento de suas lojas físicas respeitando algumas regras, tem testemunhado um expressivo aumento de demanda nas vendas online, decorrente da preferência dos consumidores por opções mais seguras durante o período de quarentena.  

Além do delivery, as compras online com opções de retirada na loja também ganharam adeptos, pois este modelo reduz o tempo do consumidor no estabelecimento, podendo, inclusive, ser combinado com o uso de lockers, com senhas transmitidas diretamente para o celular do cliente, reduzindo substancialmente o contato entre as pessoas. E, para capturar todas as oportunidades de venda, bem como otimizar a gestão do estoque e operação de entregas, o conceito ‘omnicanalidade’ deve ser pauta obrigatória no processo de retomada. 

2 - Reabertura das lojas físicas 

Na reabertura das lojas, o principal desafio será coordenar a distância segura entre as pessoas, controlar o índice de ocupação dos estabelecimentos e aplicar rigorosas práticas de higiene, sanitização e autoexame orientado por sintomas básicos. Para isso, será fundamental uma comunicação massiva nos estabelecimentos, por meio de quadros e sinalizações, disseminando as melhores práticas e incentivando a adoção delas pelos consumidores. Além disso, a definição de horários específicos para grupos de risco, quando possível, tem sido altamente recomendada. 

Para apoiar no controle do índice de ocupação e na distância entre as pessoas, algumas tecnologias podem ser aplicadas, como por exemplo câmeras inteligentes com vídeo analytics, especialmente nas áreas de checkout. Essas soluções podem ainda ser usadas para melhorar o atendimento.  

Ainda, visando reduzir as filas de pagamento e a concentração de pessoas, tecnologias como ‘self-checkout’, em que o cliente paga sua própria compra, são bastante convenientes. Pagamentos sem contato físico também devem estar na lista de adoção dos varejistas e Pin Pads modernos, com pagamento por NFC (near field communication), devem ser bem vistos pelos clientes. Para completar as ações do segundo estágio, um cuidado adicional, e não trivial, deve ser colocado em prática: sanitização de todas as trocas e devoluções. 

3 - O novo normal 

Finalmente, no último estágio, quando os riscos de contaminação fizerem parte do passado, espera-se poder remover todos os protocolos operacionais relativos ao Covid-19, com exceção das práticas de sanitização e autoexame. Quando atingirmos o “novo normal”, as transformações digitais ocorridas em todos os estágios devem se manter e devem continuar sendo utilizadas para conquistar mais clientes, conhecê-los melhor e atendê-los de forma mais segura, prática e conveniente.  

O Covid-19 intensificou a necessidade de digitalização de todos os setores, mas não espere o “novo normal” chegar para iniciar esse processo. O ideal é que o varejo físico aproveite esse momento, em que as lojas estão fechadas, para acelerar sua transformação digital de forma a atender cada vez mais as necessidades dos clientes, pois depois de todo esse período, a experiência física, mais do que nunca, precisa ser igual ou melhor do que a digital.  

 

Comentários

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Os temas ainda não têm uma resposta certa, mas já é possível desenhar alguns cenários com o que está sendo feito em alguns lugares pelo mundo.&nbsp;&nbsp;</p> <p>Os Estados Unidos, por exemplo, vêm se preparando para reabertura do varejo físico. Ainda que as regulamentações não sejam exatamente as mesmas, boa parte dos protocolos e práticas recomendadas, recentemente publicadas pela NRF (National&nbsp;Federation&nbsp;Retail), podem ser aplicadas no Brasil, ou pelo menos adaptadas, ajudando os varejistas brasileiros a se prepararem para este momento. Considerando o protocolo da NRF, o plano para reabertura está estruturado em três estágios:&nbsp;</p> <p><strong>1 - Quarentena&nbsp;</strong></p> <p>Já bem conhecido por todos, neste primeiro estágio o isolamento social é necessário, e, por isso, foi determinada a interrupção dos serviços considerados não essenciais, o que impactou, em maior ou menor escala, no varejo físico. Com isso, soluções de e-commerce e delivery são, em muitos casos, as únicas formas de manter a continuidade das vendas e o vital fluxo de caixa, ainda que em níveis inferiores.&nbsp;&nbsp;</p> <p>Mas, mesmo os serviços essenciais, como o varejo alimentar, que pôde manter o funcionamento de suas lojas físicas respeitando algumas regras, tem testemunhado um expressivo aumento de demanda nas vendas online, decorrente da preferência dos consumidores por opções mais seguras durante o período de quarentena.&nbsp;&nbsp;</p> <p>Além do delivery, as compras online com opções de retirada na loja também ganharam adeptos, pois este modelo reduz o tempo do consumidor no estabelecimento, podendo, inclusive, ser combinado com o uso de&nbsp;lockers, com senhas transmitidas diretamente para o celular do cliente, reduzindo substancialmente o contato entre as pessoas. E, para capturar todas as oportunidades de venda, bem como otimizar a gestão do estoque e operação de entregas, o conceito ‘omnicanalidade’ deve ser pauta obrigatória no processo de retomada.&nbsp;</p> <p><strong>2 - Reabertura das lojas físicas&nbsp;</strong></p> <p>Na reabertura das lojas, o principal desafio será coordenar a distância segura entre as pessoas, controlar o índice de ocupação dos estabelecimentos e aplicar rigorosas práticas de higiene, sanitização e autoexame orientado por sintomas básicos. Para isso, será fundamental uma comunicação massiva nos estabelecimentos, por meio de quadros e sinalizações, disseminando as melhores práticas e incentivando a adoção delas pelos consumidores. Além&nbsp;disso, a definição de horários específicos para grupos de risco, quando possível, tem sido altamente recomendada.&nbsp;</p> <p>Para apoiar no controle do índice de ocupação e na distância entre as pessoas, algumas tecnologias podem ser aplicadas, como por exemplo câmeras inteligentes com vídeo&nbsp;analytics, especialmente nas áreas de checkout. Essas soluções podem ainda ser usadas para melhorar o atendimento.&nbsp;&nbsp;</p> <p>Ainda, visando reduzir as filas de pagamento e a concentração de pessoas, tecnologias como ‘self-checkout’, em que o cliente paga sua própria compra, são bastante convenientes. Pagamentos sem contato físico também devem estar na lista de adoção dos varejistas e Pin&nbsp;Pads&nbsp;modernos, com pagamento por NFC (near&nbsp;field&nbsp;communication), devem ser bem vistos pelos clientes. Para completar as ações do segundo estágio, um cuidado adicional, e não trivial, deve ser colocado em prática: sanitização de todas as trocas e devoluções.&nbsp;</p> <p><strong>3 - O novo normal&nbsp;</strong></p> <p>Finalmente, no último estágio, quando os riscos de contaminação fizerem parte do passado, espera-se poder remover todos os protocolos operacionais relativos ao Covid-19, com exceção das práticas de sanitização e autoexame. Quando atingirmos o “novo normal”, as transformações digitais ocorridas em todos os estágios devem se manter e devem continuar sendo utilizadas para conquistar mais clientes, conhecê-los melhor e atendê-los de forma mais segura, prática e conveniente.&nbsp;&nbsp;</p> <p>O Covid-19 intensificou a necessidade de digitalização de todos os setores, mas não espere o “novo normal” chegar para iniciar esse processo. O ideal é que o varejo físico aproveite esse momento, em que as lojas estão fechadas, para acelerar sua transformação digital de forma a atender cada vez mais as necessidades dos clientes, pois depois de todo esse período, a experiência física, mais do que nunca, precisa ser igual ou melhor do que a digital.&nbsp;&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p>}, id=post_body, name=post_body, type=rich_text, label=Conteúdo do blog}])