Postado em 09 de Agosto de 2019

A transformação digital demanda volumes gigantescos de dados, que demandam uma boa conectividade.

Não há como negar que a telefonia celular protagonizou uma das maiores transformações econômicas e culturais do mundo nos últimos 30 anos. O que começou com a portabilidade da telefonia se tornou, ao longo do tempo, algo muito mais significativo.

Os celulares evoluíram a ponto de serem considerados, hoje, apêndices quase inseparáveis do homem e da mulher modernos. Seu papel como plataforma de informação, comércio, pagamento e comunicações foi atingido de forma sólida e inquestionável – e esse processo de evolução ocorreu a partir de dois caminhos diferentes, porém interligados: as redes (e suas respectivas tecnologias) e os terminais, com cada vez mais capacidade de processamento e agregação de features.

Em um primeiro momento, na época dos sinais analógicos e da tecnologia AMPS, fabricantes como a Motorola (alguém por aí se lembra do Startac, objeto de desejo nos anos 90?) eram os líderes de mercado. Na sequência, com o 2G e a digitalização dos sinais, emergiram os europeus – NOKIA e Ericsson –, no embalo da então enorme força de mercado representada pelo sistema GSM, que se impunha sobre padrões como CDMA e TDMA.

Essa liderança se manteve com o surgimento do 3G, no qual a comunicação de dados via redes celulares começou a ganhar uma real relevância comercial. Nessa época, os primeiros modelos de smartphone foram tentativamente lançados no mercado (alguém se recorda do NOKIA 9000, Communicator?), mas ainda era cedo para que o conceito realmente deslanchasse, especialmente pela limitação na largura de banda disponível e pela enorme escassez de aplicações disponíveis nas plataformas fechadas oferecidas pelas operadoras em associação com os fabricantes (o conceito Walled Garden, dominante naquele tempo). Também são desse período as primeiras discussões sobre sistemas operativos (Symbian, Windows CE e PalmOS), muitos deles criados para os populares PDAs, que ainda não integravam as funções de comunicação de voz e eram desenvolvimentos que corriam em paralelo ao dos celulares.

E então temos aquele momento crucial: 29 de junho de 2007! Nesse dia, um novo produto chegaria às prateleiras e mudaria para sempre a maneira como vivemos. Nesse dia, nascia o iPhone. A materialização do conceito de smartphone viria sacudir o mercado como uma avalanche e mudar completamente - e para sempre - o cenário competitivo. As plataformas, abertas para desenvolvedores independentes, permitiriam que as aplicações disponíveis fossem multiplicadas com enorme velocidade, especialmente depois do lançamento comercial, pouco mais de um ano depois, do sistema 4G, que finalmente possibilitava a utilização maciça de dados e aplicações de vídeo, música e voz plenamente integrados. Definia-se um novo paradigma. Novos atores, como a Samsung, à frente dos terminais, e o Google, com o Android, pelo lado do sistema operacional, iriam ser os principais rivais da Apple daí em diante. O mundo nunca mais seria igual!

Agora, temos o 5G. Mas o que significa, de verdade, essa nova geração de tecnologia wireless? A realidade é que, quando falamos de transformação digital e tentamos entender os componentes conceituais que estão na sua base, surgem temas como Data Analytics, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.

O que às vezes nos esquecemos de lembrar é o papel fundamental da conectividade em tudo isso. Estamos falando de volumes gigantescos de dados, coletados de forma espacialmente distribuída e de sistemas que necessitam analisar esses mesmos dados para suportar a tomada de decisões, muitas vezes em ambientes críticos, em tempo real.

E o 5G é a tecnologia de comunicações que vai permitir exatamente esse tipo de proposta de valor. Segundo muitos analistas, ele é “a espinha dorsal da transformação digital”; para as operadoras de telecomunicações, representa uma enorme oportunidade e um grande desafio.

A oportunidade está associada à sua capacidade de oferecer serviços de alto valor agregado para os clientes corporativos (muitas vezes, na frente do IoT), do setor público (Smart Cities) e também para seus consumidores finais (soluções wearables, aplicações voltadas à medicina e qualidade de vida, controle doméstico etc.).

Já o desafio relaciona-se a dois aspectos. O primeiro se refere a uma mudança radical da arquitetura de redes: maior capacidade de transmissão e menor latência significam licenças em novas bandas de frequência e uma infraestrutura muito maior, uma vez que a área de cobertura das células diminui radicalmente. O segundo, à capacidade de desenho e construção desses mesmos serviços de valor agregado, algo afastados do core de operações dessas empresas atualmente.

A Logicalis se encontra no coração dessa revolução, ajudando as operadoras na transformação e preparação de sua infraestrutura e, ao mesmo tempo, desenvolvendo sua atuação junto às áreas de B2B dessas empresas, em parcerias para o desenvolvimento de serviços e projetos para várias verticais que já são objeto de nossa atuação conjunta.

Um momento excitante, no qual a Logicalis, com seu compromisso com os clientes, sua capacidade de inovação, execução e prestação de serviços, tem diante de si o terreno perfeito para executar sua visão de ser o principal agente da transformação digital na América Latina. Bem-vindos a mais essa aventura!

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