Postado em 18 de Abril de 2023

Plantar a semente da agenda ESG no ambiente corporativo é uma ação que exige a construção de uma estratégia de engajamento natural e não impositiva. Isso porque se trata de um tema transversal, que depende fundamentalmente de pessoas e da responsabilidade de toda a empresa, não somente de algumas áreas. Detalhe importante: com total apoio da alta direção. 

O desafio de desenvolver uma cultura interna sobre o tema depende do nível de engajamento em relação às políticas ambientais, sociais e de governança, muitas vezes já praticadas muito antes da sigla ESG ganhar a relevância dos dias de hoje. Se já existe uma trilha marcada por inclusão, diversidade e criação de um ambiente de trabalho saudável, colaborativo e produtivo, é meio caminho andado para acelerar essa jornada.  

Independentemente do estágio em que se encontra a organização, não deve haver impedimentos para avançar em uma estratégia que começa com a avaliação de maturidade em ESG, seguida do esforço para a conscientização de que estar compliance à agenda não é para benefício individual e sim da humanidade. É construir hoje para o amanhã, em favor das futuras gerações, que dependem da saúde do planeta para seguirem trilhando um caminho de evolução. 

Parece simples, mas não é. A criação de uma área voltada à agenda, liderada por um profissional que tenha na bagagem o conhecimento técnico, mas especialmente sensibilidade para escutar, engajar, promover a cultura ESG e formar multiplicadores, certamente é um caminho promissor. O pulo do gato é catequisar, somar habilidades, despertar e contar com a tecnologia para transformar a cultura ou aprimorá-la. 

O poder da multiplicação  

Uma das áreas-chave nesse processo é o RH, principalmente no pilar social, promovendo diversidade e inclusão, voluntariado, entre outras ações muito alinhadas ao “S” da sigla. Aglutina, facilita, comunica, engaja, independentemente das áreas às quais pertencem. Essas habilidades facilitam a conscientização de forma unificada e derruba o mito de que se trata de uma “moda passageira”. Este é um processo desafiador que, em razão do envolvimento complexo e cuidadoso, vem sendo delegado a parceiros experientes, que trabalham em conjunto com gestores de áreas, liberando a empresa para focar no negócio. 

A parte social precisa estar organizada. Analisar projetos sociais e campanhas e checar se há conexão com os objetivos da agenda ESG são ações prementes. Por isso, é importante monitorar se nada está saindo dos trilhos em relação aos objetivos traçados na agenda. Repare que tudo precisa caminhar alinhado. 

Esse acompanhamento vai além das fronteiras corporativas e se estende aos parceiros e fornecedores. E do outro lado do balcão, as empresas têm sido cobradas pelos clientes se estão alinhadas à ESG, quais iniciativas estão em andamento. É um cerco do bem. Quem não ingressar nesse alinhamento, está fadado a correr graves riscos de perder competitividade e credibilidade, cedo ou tarde. 

Tecnologia como aliada 

Ao conscientizar os profissionais, essa cultura alça voos, sendo levada para as famílias e consequentemente às comunidades, formando um ciclo virtuoso. Por isso, é essencial questionar como operações e clientes podem se tornar mais sustentáveis? Qual o papel da ESG na estratégia da empresa? Qual o papel da tecnologia nas demandas ESG?   

Sua aplicação vai desde a estruturação de processos e procedimentos, ao monitoramento de atividades, com indicadores e métricas auditáveis. Sem dúvida, a tecnologia torna possível desenhar planos de ações para práticas ESG e identificar as áreas que precisam ser focadas na garantia da sustentabilidade do negócio. 

Mas esse movimento requer o desenvolvimento de uma governança robusta, que integre diferentes sistemas para possibilitar e facilitar a adesão a processos sustentáveis. Sem dúvida, a tecnologia viabiliza o desenvolvimento de sistemas capazes de reduzir impactos ambientais e sociais, e, certamente, aprimorar essa governança diferenciada. Entre as soluções já em uso estão IoT, blockchain e Data Analytics, prontas para rastrear iniciativas realizadas pelas empresas e atestar a autenticidade de dados e processos. 

O fato é que toda essa movimentação de conscientização para formação de uma cultura voltada à sustentabilidade, ao meio ambiente, à sociedade e ao planeta, requer a união de sensibilidade, conhecimento em tecnologia e comprometimento com o futuro da humanidade. Não por acaso, é muito importante buscar formas de minimizar o impacto ambiental causado pelas atividades operacionais do seu negócio e traçar objetivos e ações de melhoria na gestão ambiental. 

Aqui na Logicalis, fizemos nossa lição de casa, avaliamos nossa maturidade, nossa responsabilidade com demandas da agenda ESG e conscientização dos nossos profissionais. Tudo isso gerou um grande fruto.  Em uma ação conjunta, criamos a primeira edição do nosso Relatório de Sustentabilidade, com o objetivo de contribuir para a disseminação de práticas sustentáveis na empresa e fora das suas fronteiras. Um trabalho colaborativo, de grande aprendizado e desenvolvimento de habilidades genuínas, que envolveu todas as áreas mobilizadas por um propósito único: garantir um futuro sustentável para o meio ambiente, sociedade e negócios. 

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