Postado em 14 de Dezembro de 2021

Automação não é um termo novo no contexto de infraestrutura. Ao contrário, já há algum tempo fornecedores de tecnologia têm se debruçado sobre a melhor forma de automatizar processos nas soluções que desenvolvem, colocando inteligência em processos manuais e repetitivos. Com a aprovação do leilão 5G pelo TCU e a aprovação de leis municipais para antenas, a expectativa é de uma explosão em iniciativas de automação para diversos setores.

Orquestrada e automatizada, a infraestrutura das novas redes 5G habilitará diversas aplicações, como maior banda larga móvel, cobertura massiva para redes IoT, comunicação de ultrabaixa latência para serviços de missão crítica, entre muitas outras. Assim, os procedimentos de automação passarão cada vez mais a fazer parte dos negócios, e muitas destas iniciativas têm como objetivo deixar o máximo de funções automatizadas ou, no mínimo, automatizáveis.

Para potencializar ao máximo estas oportunidades, muitas operadoras de telecomunicações estão pensando em estruturas inteiramente novas, com modelos de entrega ágil, e uma concepção de construção como software, agregando visibilidade por meio de acesso a relatórios, como, por exemplo, de performance e status dos serviços.

O mesmo vale para as empresas. Atualmente, a maior parte das organizações conta com um braço digital e, de novo, a automação é essencial para acelerar o seu time-to-market. Em todos os segmentos, a automação, impulsionada pelas possibilidades que o 5G agregará, será fundamental para dar mais agilidade à operação e ao uso de novos dispositivos e serviços. Mas o que pouca gente percebeu é que ela deve começar pela infraestrutura.

Isso porque as redes estão mudando. Antigamente, as redes eram baseadas em hardware, com cada função desempenhada por um equipamento físico. Nas novas redes, esse conceito está migrando para o virtual e, nas redes 5G, estas funções já nascem virtualizadas. Não é por acaso que a pesquisa Worldwide Infrastructure Automation Market, realizada pela Infoholic Research, aponta que este setor deve movimentar US$ 65,5 bilhões até 2022, apresentando um crescimento médio anual de quase 20% entre os anos de 2016 e 2022. Segundo o estudo, o aumento da complexidade dos ambientes tem levado as empresas a acelerar a automação de sua infraestrutura tradicional para aumentar a produtividade.

Este é um movimento já detectado pelo Gartner, que alerta que a automação de infraestrutura, por si só, não deverá trazer benefícios econômicos no curto a médio prazo. No entanto, sua adoção proporciona a redução de erros operacionais e permitirá liberar recursos focados em atividades repetitivas e manuais para serem mais produtivos para a organização.

Ainda segundo o Gartner, a automação está para a infraestrutura moderna assim como o sangue está para o corpo. Ou seja, é essencial e você não pode ter uma infraestrutura moderna sem ela. Isso terá o maior impacto e, se feito com sucesso, culminará na satisfação do cliente e na inovação.

É um processo pelo qual, mais cedo ou mais tarde, todas as organizações deverão passar e, para o qual, algumas empresas de tecnologia trabalham no desenvolvimento de frameworks, visando oferecer uma jornada de automação para os clientes. Conceitualmente, o framework trata-se de uma estrutura que deve responder a uma variedade de problemas que uma organização enfrenta quando decide implementar automação no contexto de redes.

Para se ter noção desse movimento no mercado, alguns dados dizem que, até 2025, a maioria das empresas terá células voltadas para este tema. E os maiores gargalos estão na parte processual, principalmente em empresas que tem governança e gestão pouco flexíveis. Daí a necessidade de rever os processos e habilitar as equipes à essa nova cultura de automação.

Participe desta evolução!

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