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RON: O Futuro das Redes Ópticas Inteligentes

Written by Felipe Maimoni | 4/nov/2025 12:59:59

RON: O Futuro das Redes Ópticas Inteligentes

Você já parou para pensar em como as operadoras podem entregar mais, gastando menos? Essa é a pergunta que move o setor — e é aí que entra o RON, ou Routed Optical Networking. Parece complicado? Calma, vou te mostrar que não é!

Por que o RON está em alta?

As redes de longa distância precisam ser flexíveis, rápidas e escaláveis. O RON, conceito da Cisco, elimina equipamentos antigos e integra o roteamento IP com a camada óptica. Isso significa menos custo, menos latência e menos dor de cabeça para quem opera.

Hoje, todo mundo quer eficiência. O RON é sobre isso: fazer mais com menos. Neste artigo, vou explicar o conceito, como adotar, os benefícios práticos e como a Inteligência Artificial (IA) pode transformar tudo.

De onde viemos? Para onde vamos?

Durante anos, o mundo IP e o mundo óptico eram separados. Cada serviço exigia hardware dedicado, os sistemas (e as equipes que operavam) eram separados. As primeiras tentativas de integração das camadas foram com protocolos como o GMPLS, mas eram pesados, cheios de soluções proprietárias e sem um padrão.

Depois vieram os módulos plugáveis, que ajudaram, mas ainda ocupavam espaço e limitavam a escalabilidade. Agora, com o RON, temos uma convergência total: IP e DWDM juntos, com módulos plugáveis ópticos coerentes e cada vez mais eficientes.

O que muda com o RON?

No RON, o transponder óptico é o próprio plugável, instalado no mesmo line card do roteador. Isso aumenta a densidade, a escalabilidade e reduz equipamentos redundantes. A rede fica mais simples: a camada óptica só precisa multiplexar lambdas e amplificar sinais. O roteador IP assume a inteligência do tráfego e o failover dos serviços.

E tem mais: ao adotar lambdas de alta capacidade, criamos verdadeiras rodovias de luz, flexíveis e rápidas. Novos canais entram no ar em minutos, ajustes de espectro são automáticos e quase não há intervenção manual.

Mais do que trocar hardware, o RON exige uma nova mentalidade: tudo convergindo num único domínio, elegante e unificado.

Como adotar RON sem dor de cabeça?

Não precisa ser tudo de uma vez. Comece pelos trajetos novos e mantenha os serviços antigos. Depois, programe migrações e, por fim, quando tudo estiver integrado, desative os transponders externos e deixe o roteador como único ponto de controle.

E para quem precisa de circuitos com latência garantida? Dá para entregar usando Private Line Emulation (PLE) e Segment Routing, criando túneis virtuais de alta fidelidade.

IA: o cérebro que faz tudo funcionar melhor

Se o assunto do momento é IA, aplicar IA ao RON é revolucionário. Modelos de machine learning analisam erros, qualidade de sinal e histórico de tráfego para planejar rotas e evitar problemas antes que aconteçam. Algoritmos ajustam os lambdas em tempo real, otimizando o uso do espectro.

A detecção de falhas evolui: redes neurais identificam padrões sutis de degradação e disparam ações preditivas, como remarcação de manutenção ou reroute automático. E dashboards com IA generativa traduzem políticas de negócio em linguagem natural — tipo “priorize tráfego 5G hoje” — em provisões automáticas.

No estágio mais avançado, o RON vira um sistema nervoso autônomo: a rede aprende, se ajusta e se otimiza continuamente.

Conclusão: o futuro já começou

O RON não é só uma evolução de hardware. É uma revolução de pensamento. Uma rede mais simples, eficiente e inteligente, pronta para os desafios do futuro. Comece pequeno, avance com segurança e aproveite o poder da IA para transformar sua infraestrutura.

A era das redes inteligentes já começou. E o RON é o caminho mais direto para chegar lá.