Postado em 01 de Julho de 2021

O varejo inteligente está em permanente busca pela preferência do cliente e isso envolve a oferta de comodidades capazes de melhorar a experiência do consumidor em todos os pontos de contato. A partir daí abrem-se inúmeras possibilidades e algumas questões podem ser levantadas: e se as lojas pudessem oferecer uma praticidade que melhorasse a experiência de compra do usuário e ainda gerasse uma nova fonte de receita? E se essa nova fonte de renda tivesse um payback médio de 9 meses?

Para ambas as perguntas já há uma solução: a disponibilização do WiFi nas lojas. Não se trata somente de instalar roteadores de internet e deixar a rede aberta para os usuários, ou mesmo fornecer uma senha, mas sim criar mecanismos para fortalecer as áreas de marketing e CRM, aumentar as vendas e gerar uma nova fonte de receita junto à indústria.

Experiência personalizada para o cliente, oportunidades para o varejista

Quando o cliente escolhe se conectar à rede disponibilizada, ele será encaminhado diretamente a um portal para preencher um formulário ou fazer login por rede social, antes de ter a internet liberada. Nesse instante, também é necessário concordar com a concessão de seus dados para a empresa.

Essa simples ação de obter um meio de contato, como e-mail ou telefone, já traz benefícios para o varejista, que pode gerar maior proximidade com o cliente. As informações disponibilizadas pelo consumidor podem gerar, por exemplo, ações em parcerias com a indústria para fidelizar o consumidor, com o consentimento prévio dele, é claro. Desta forma, a partir da segunda visita do cliente à rede já é possível reconhecê-lo, inclusive se ele visitar uma loja diferente da empresa, e exibir no portal de entrada uma oferta que tenha relação com seu perfil (idade, gênero, estado civil); dia da visita (finais de semana, datas comemorativas); e com o seu padrão de consumo, caso os dados sejam cruzados com informações de clube de fidelidade ou e-commerce, por exemplo.

Como nos disse Felipe Brunati, Territory manager da Purple WiFi Brasil: “Os consumidores se acostumaram a ter seus perfis conhecidos pelos portais de e-commerce e vão sentir necessidade de um maior conhecimento do seu perfil de compra em ambientes físicos”. Ou seja, com a adaptação de uma experiência cada vez mais personalizada nas lojas on-line, o cliente tende a valorizar essa abordagem também nas lojas físicas e aqui a rede Wi-Fi entra em ação, mostrando todo seu potencial. Com ela, é possível detectar o comportamento dos inúmeros consumidores dentro da loja ao mesmo tempo, observando quais corredores são mais acessados, prateleiras em que eles ficam mais tempo durante o ciclo de compras e todo o mapa de calor de posicionamento dos clientes, além de oferecer uma boa qualidade de internet ao consumidor.

Com base nisso, o varejista pode reposicionar toda a estrutura da sua loja, melhorar a experiência de compra e, por consequência, aumentar o faturamento. Ele também pode lucrar com a venda de espaços de marketing para a indústria, como afirma Andrey Cassemiro, engenheiro para o setor de varejo na Cisco: “É a mudança do espaço físico em resposta ao movimento digital. Com base nos dados obtidos por meio da tecnologia, você pode reposicionar toda a estrutura da sua loja, melhorar a experiência de compra e, por consequência, aumentar o faturamento”.

Vale ressaltar que em todos esses pontos são importantes para a questão da LGPD, pois é necessário que o cliente esteja ciente dos fins para os quais seus dados serão utilizados. Observado esse cuidado, é só preparar a estrutura e usufruir seus benefícios imediatos e futuros. Afinal para sobreviver à revolução tecnológica e à mudança do comportamento do consumidor, o varejista precisa estar sempre atento e aberto às inovações e a hora de agir é agora!

Por Christian Rempel e Davi Aquino  - Logicalis Consulting Services

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