Quem tem dúvidas de que a Internet das Coisas (IoT) irá continuar a surpreender? E imagine quando ela se aliar ao 5G? Os dados no 5G serão enviados com velocidade até cem vezes maior do que ocorre com o atual 4G, o que irá trazer mais eficiência ao uso dos recursos de IoT. Certamente, ele irá acelerar o número de coisas conectadas, que vão desde tecnologias vestíveis às grandes máquinas nas indústrias.
Um dos maiores ganhos dessa união de titãs mora na baixa latência que o 5G promove. Mas o que é isso? É o tempo de resposta entre as redes e os dispositivos. O que significa? Irá impactar na evolução de inovações como carros autônomos e telemedicina, trazendo mais velocidade nessas transmissões, precisão e segurança para realização de cirurgias a distância.
No Brasil, de dimensões continentais, o atendimento médico, por exemplo, poderá chegar a regiões carentes, fora dos grandes centros, entre outras evoluções tecnológicas e de geração de valor social. Também será possível otimizar tarefas básicas como controles de acesso, fechaduras ou câmeras de segurança a operações mais complexas, como equipamentos agrícolas ou drones de transporte.
Imagine o impacto no transporte público com veículos autônomos e monitorados, em tempo real, a distância, enviando dados todo o tempo aos seus sistemas de inteligência artificial e recebendo instruções de tráfego e segurança. Com certeza, a junção desses poderosos recursos vai promover muita inovação no país.
Estudo realizado pela Logicalis, o IoT Snapshot 2022, mostra que para 57% das empresas no Brasil a inovação é um pilar estratégico, tendo 33% das organizações participando de hubs de inovação. As áreas de Produção e Operação são as mais atendidas pela IoT, com soluções de monitoramento de ativos, geolocalização de pessoas e gestão de estoques e logística.
Acelerando a inovação
Na avaliação do levantamento, a IoT está intimamente ligada ao desenvolvimento da inovação nas empresas. Isso porque o avanço das soluções depende de abordagens não triviais, portanto, ter práticas de inovação pode beneficiar o desenvolvimento da tecnologia.
Não por acaso, entre os executivos brasileiros participantes do estudo, 57% entendem a inovação como pilar da estratégia corporativa. Cerca de 30% das empresas respondentes têm processos internos e equipes especializadas para inovação.
Por outro lado, ainda teremos de evoluir muito nesse tema. Apenas 18% das companhias brasileiras tratam a inovação em seus programas de capacitação. E aí é preciso acionar o alerta: pode ser que as empresas ainda tenham poucas ações estruturadas ou apresentem ações de abrangência restrita sobre inovação.
Mas com a chegada do 5G, a expectativa é de aceleração da inovação no país em variados setores, potencializando a disseminação do uso de soluções de IoT e da presença da tecnologia na estratégia corporativa. O levantamento revela que esse quadro deve se materializar no médio prazo, entre três a cinco anos. Em uma perspectiva com interesse médio e alto, totalizou 76%.
A pesquisa revela a certeza de que o 5G possibilitará a gestão de monitoramento de sensores, veículos autônomos, comunicação de resposta rápida e serviços de elevada transmissão de dados. Assim, as plataformas de IoT poderão atingir outra dimensão, viabilizando soluções de multimídia imersiva, telemedicina, digital supply chain, entre muitas outras.
A verdade é que o 5G vai desenhar um novo mundo de negócios, especialmente quando aliado à IoT. Mas será que as empresas estão preparadas? Elas precisam repensar seus ecossistemas de negócio, detectar oportunidades, traçar estratégias e avaliar necessidades prementes de transformações nessa nova trilha de evolução.
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