O mercado vive um turbilhão de inovações e evoluções tecnológicas, que irá transformar ainda mais os cenários empresariais e industriais em 2023. Toda essa estimada movimentação promete mais autonomia, velocidade, redução de custos e oportunidades. Nesse pacote, destaco os datacenters, que seguem em nova era, a dos Edge Computing Datacenters ou microdatacenters.
O conceito envolve a criação de pequenos datacenters distribuídos estrategicamente mais próximos do dispositivo final e usuário. Ao contrário da computação em nuvem, que demanda um servidor centralizado, o Edge Computing precisa de uma arquitetura granular, com microdatacenters espalhados para que o usuário possa ter essa conexão próxima e com resposta rápida, ou seja, de baixa latência.
Quando se distribui datacenters menores, a eficiência de arquitetura para o sistema é um dos principais ganhos. E isso sem reduzir a capacidade de nuvem centralizada, porque o extrato de tudo o que for processado na borda sobe para nuvem, o que representa outro ganho com o Edge Computing, visto que reduz o workload na nuvem e consequentemente o custo por transação. Esta é uma combinação bastante alinhada entre Edge Computing e Cloud Computing.
A nova arquitetura é muito importante diante da avalanche de mais de 50 bilhões de dispositivos que estarão conectados à Internet até 2025, de acordo com a IDC. A maior parte desses equipamentos, segundo a consultoria, será gerenciada por Edge Computing, podendo gerar novas aplicações, transformando diversos aspectos da produção industrial.
Não por acaso, o Gartner prevê que até 2025, mais de 50% dos dados gerenciados pela empresa serão criados e processados fora do datacenter ou da nuvem. A transformação digital, portanto, está levando as empresas a serem mais distribuídas e a se expandirem até o limite. Assim, a arquitetura de dados moderna incluirá o Edge Computing, e a recomendação é que as organizações se planejem para não perder as oportunidades.
Mas como tudo tem um preço, ao distribuir datacenters, ampliam-se as portas de entrada de ataques cibernéticos. A aplicação e uso do Edge Computing traz desafios em padronização, segurança (física e lógica). A infraestrutura exige um alto nível de segurança física e o gerenciamento remoto não é uma opção, é necessário.
Os serviços de segurança baseados em nuvem precisarão de uma infraestrutura cada vez mais dispersa e localizada. Secure Access Service Edge Computing (SASE) pode proporcionar uma melhor experiência ao usuário e desempenho operacional.
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