Postado em 06 de Junho de 2023

A demanda por serviços digitais está em ebulição nos mais variados setores da economia, gerando uma avalanche de dados e necessidade premente de seu armazenamento e acesso inteligente e ágil. De acordo com estudo da International Energy Agency (IEA), o consumo de energia dos data centers continua a aumentar à medida que mais dados são armazenados e processados em nuvem. 

O quadro revela a urgência por adotar medidas para tornar esses centros de dados mais eficientes energeticamente e ambientalmente sustentáveis. Afinal, o impacto ambiental dos data centers pode ser visto como um fator negativo na avaliação de empresas sob a perspectiva ESG, uma vez que muitos investidores e stakeholders consideram o desempenho ambiental de uma empresa na tomada de decisões de investimento e parcerias. 

O cenário, portanto, requer melhorias urgentes em eficiência energética, sobretudo nos data centers, porque são dínamos da transformação digital e coração da computação em nuvem. Juntamente com redes de transmissão de dados, eles são responsáveis por 1% a 1,5% do uso global de eletricidade e ainda por 1% das emissões de gases de efeito estufa no mundo. Além disso, em 2021 o relatório da IEA apresentou somente os data centers como responsáveis pelo consumo de 0,9% a 1,3% de toda energia do mundo, excluindo-se dessa conta a geração de criptomoedas, destacando ainda mais a importância na busca pela eficiência.    

Não por acaso, governo e indústria estão se mobilizando em direção à eficiência energética, PD&D e descarbonização do fornecimento de energia e cadeias de suprimentos para reduzir a demanda de energia e emissões na próxima década para se alinhar ao cenário Net Zero até 2050. Mas ainda é tímido este avanço. Precisamos de mais. 

A boa notícia é que, segundo levantamento global realizado pelo Google Cloud, junto com a The Harris Poll, 67% das organizações no Brasil priorizam planos para reduzir o uso de energia ou migrar para energia renovável - o maior percentual registrado globalmente.  

Saída pela nuvem 

Uma forma de reduzir o consumo de energia é mover grande parte da infraestrutura própria para a nuvem. Muito além da redução de custos, agilidade, escalabilidade, a cloud também proporciona redução do consumo de energia, tanto que um dos seus objetivos é justamente zerar a pegada de carbono. 

Para reduzir a pegada de carbono do armazenamento em nuvem, várias abordagens podem ser adotadas, uma delas é o uso de energia renovável, como energia solar, eólica, hidrelétrica e outras fontes de energia limpa para reduzir as emissões de carbono associadas ao funcionamento dos servidores. 

Essa movimentação visa alcançar eficiência energética por meio de tecnologias e melhores práticas, com servidores mais eficientes, sistemas de resfriamento mais avançados, virtualização de servidores para otimizar o uso de recursos, entre outras medidas. 

A consolidação de servidores é outra estratégia para reduzir a pegada de carbono. Ao migrar várias cargas de trabalho para menos servidores físicos, é possível reduzir o consumo de energia necessário para alimentar e resfriar os servidores. 

Com a migração de boa parte da infraestrutura tecnológica para a nuvem, também é possível deixar de emitir cerca de 610 toneladas métricas de CO₂, que equivale ao uso de energia por mais de 5 mil casas.  

Por isso, vale reiterar, que independente da estratégia adotada, a conscientização de que os data centers precisam investir em tecnologias mais eficientes e em práticas de gestão responsável é fundamental no mundo corporativo. E para estar em linha à agenda sustentável, as empresas, sem dúvida alguma, também precisarão contar com parceiros e fornecedores que sejam capazes de promover e apoiar a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva.  

É o futuro do uso responsável da tecnologia para a sustentabilidade dos negócios e da saúde do planeta, em linha com as exigências da agenda ESG. 

 Logicalis em ação 

A Logicalis ajuda o cliente a usar sistemas que conseguem reduzir o consumo de energia para armazenamento de dados. Desde a análise de todo o ambiente para traçar a melhor e mais urgente estratégia. 

Para atender às atuais exigências da agenda ESG, tornando os data centers dos clientes mais eficientes, seguros, ágeis e atualizados, procuramos utilizar nos projetos de armazenamento para nossos clientes a tecnologia “All Flash”. Ela possui eficiência de uso de energia extremamente alta em relação às tecnologias de armazenamento baseadas em discos mecânicos. Consegue economizar em até 85% o consumo de energia. 

Como atinge essa redução? Porque a tecnologia abriga alta densidade de dados no módulo de armazenamento de dados dos equipamentos. Usar densidade alta não consome mais energia, as células flash têm um consumo muito baixo. 

A tecnologia de armazenamento “All Flash” proporciona redução e monitoramento em tempo real do consumo de energia em data centers de várias maneiras, proporcionando desempenho de alta velocidade e eficiência de espaço comparada a soluções de armazenamento tradicionais.  

Além disso, essas novam soluções contam com tecnologias avançadas de “desduplicação” e compactação de dados para reduzir o volume de armazenamento, minimizando assim a necessidade sempre premente de espaço físico, energia e refrigeração.  

Equipamentos compactos, de tamanhos menores, contudo com alta capacidade de armazenamento, podem ajudar a reduzir e otimização de espaços em data centers e dessa forma reduzir o consumo de energia.  

 Esses equipamentos permitem que as empresas expandam facilmente sua capacidade de armazenamento com o mínimo de interrupção e o máximo de performance. 

O importante, vale reiterar, é a conscientização de que, os data centers precisam investir em tecnologias mais eficientes e em práticas de gestão responsável, como a otimização do uso de recursos, treinamento de funcionários, transparência nas informações. Tudo isso em colaboração com parceiros e fornecedores para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva.  

É o futuro do uso responsável da tecnologia para a sustentabilidade dos negócios e da saúde do planeta, em linha com as exigências da agenda ESG. 

Comentários

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