Postado em 25 de Abril de 2023

Juntos, Edge Computing e 5G são capazes de expandir os recursos de alta largura de banda e baixa latência da transmissão de dados, e ampliar muito a velocidade dos sistemas de computação de ponta, aprimorando significativamente a capacidade de oferecer suporte a aplicativos em tempo real. 

Com o uso da arquitetura Cloud  to Edge Computing, por exemplo, e a escala na esteira do 5G, com ampliação de IoT, alta velocidade e baixa latência, nenhum negócio será como antes. É, de fato, uma revolução de oportunidades que o mercado vai mostrar, participar e explorar. 

Nesse cenário, aplicações de internet das coisas (IoT) vão decolar com o 5G. Estudo da IDC estima que 70% das empresas executarão níveis variáveis de processamento de dados na borda até 2023 e cerca de US$ 16 bilhões serão investidos em infraestruturas de IoT.  

Para ter uma ideia da dimensão desses avanços, o último relatório IoT Analytics aponta que o número de dispositivos conectados da Internet das Coisas (IoT) atingiu 12,3 bilhões em 2022. Mostra ainda que as conexões devem ultrapassar a marca de 27 bilhões até 2025. Esse desenho, apoiado na necessidade de baixa latência, vai exigir que os recursos de processamento de dados estejam próximos de onde o usuário está consumindo os serviços. 

Uma pesquisa do McKinsey Global Institute prevê que o impacto econômico da IoT nas indústrias será de 4% a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta e pode chegar a US$ 11 trilhões até 2025. Grande parte disso deve residir em aplicativos comerciais e industriais. No Brasil, um levantamento de setembro de 2022, da CETIC, mostra que mais de 70 mil empresas já utilizaram, ao menos, uma solução de IoT. 

Transformação no agronegócio 

Sabemos que a união de Edge Computing e 5G vai revolucionar vários setores, viabilizando aplicações em telemedicina e promover a realização de cirurgias remotas, apoiadas na baixa latência e mais qualidade da conectividade. Bem como o impulso na popularização de carros autônomos, entre outros. 

Mas a transformação que já vem acontecendo no agronegócio é impressionante. O Brasil já lidera a redução do impacto ambiental na área de agro com o uso de tecnologias como drones, por exemplo, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).  

Já temos em território nacional mais de 2 mil drones agrícolas cadastrados no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (Sisant), mantido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Este número deve saltar para 93 mil veículos aéreos não tripulados (Vant) até 2026, de acordo com uma projeção do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). 

Eles já realizam monitoramento de lavouras, seja na irrigação, na contagem de rebanhos de forma prática, simples e rápida. Na aplicação de insumos, melhoram a eficiência da aplicação de fertilizantes, aprimoram o controle de pragas e doenças nas lavouras, com pulverização precisa e econômica. Assim, as propriedades se tornam mais sustentáveis, produzindo mais com menos recursos, reduzindo riscos de contaminação do solo, e uso da água.  

E outros ganhos não menos importantes também são proporcionados como redução de emissões de CO², reestruturando a cadeia produtiva em busca de maior eficiência energética e conversão alimentar. Um bom caminho para estar alinhado à agenda ESG e promover não somente a saúde do planeta, mas a segurança alimentar, diante do aumento acelerado da população mundial. 

Com IoT, os dados podem ser integrados ao sistema de gestão das fazendas, e isso facilita e agiliza a tomada de decisão dos produtores. Além disso, abre portas para novos mercados. De acordo com a Secretaria Executiva da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), cerca de 67% das propriedades agrícolas do Brasil fazem uso de algum tipo de tecnologia. Mas ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a agricultura de precisão. 

Mesmo diante de um cenário positivo de evolução, ainda precisamos avançar ainda mais para tornar esse desenvolvimento sustentável. O caminho é investir em inovação para se aliar ao produtor rural no controle de riscos da sua produção e ampliar a visibilidade das informações sobre sua propriedade. Ponto chave para o crescimento e sustentabilidade dos negócios. Indo além das tecnologias conhecidas, empresas já estão investindo em IoT para seus clientes terem informações ainda mais precisas sobre suas culturas e plantações. É construir hoje um futuro que pede urgência. 

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