Postado em 02 de Maio de 2023

A indústria brasileira vem avançando cada dia mais na digitalização. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer. No atual cenário, muitos setores ainda estão redesenhando suas arquiteturas para garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio. 

Na avaliação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Indústria 4.0 deve movimentar nos próximos 15 anos mais de US$ 15 trilhões. Contudo, no Brasil, estudo da ABDI registrou apenas 2% das empresas em território nacional investindo nessa evolução. O que representa um grande filão a ser explorado, considerando o Brasil ainda estar no estágio inicial dessa jornada. 

Neste cenário, o primeiro passo para as empresas iniciarem a sua modernização é avaliar o atual ambiente, identificar a maturidade tecnológica da instituição, os pontos que precisam evoluir, e isso inclui a análise do legado, e inclusão de tecnologias que irão garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio. Toda a transformação, entretanto, tem de estar alinhada aos objetivos estratégicos da operação. 

Outra fase essencial para o sucesso da escalada da evolução é a escolha de um parceiro com experiência comprovada no assessment para propor uma repaginação da arquitetura, que promova uma evolução segura e orquestrada. É importante destacar que os avanços tecnológicos exigem a criação de uma base muito bem estruturada, ou seja, uma rede que sirva de esteira para a implementação de tecnologias como Big Data/Analytics, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Robótica e, principalmente, Cloud Computing. Um alicerce para permitir a implementação de IoT, por exemplo, ampliação de automação e o pulo do gato: visibilidade. 

A evolução da indústria, rumo à virada de chave para a Indústria 4.0, depende muito da disseminação do conhecimento nas empresas sobre os benefícios da digitalização, como aumento da produtividade, oportunidades de novos negócios, produção e redução do tempo de lançamento de produtos no mercado, ampliação da interoperabilidade e mais segurança com base no aumento do controle, com visão do todo. 

Isso porque as informações estarão acessíveis. A visão do todo promove a construção rápida de estratégias, garantindo agilidade e consequente competitividade ao sair à frente, sem contar que o monitoramento com visão ampla traz mais eficiência operacional, confiança, prevenção a falhas, redução de custos e uma série de benefícios estratégicos ao negócio. 

Evolução tecnológica superando desafios 

A alta demanda por conectividade não para de crescer. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, este é um desafio que precisa ser superado com urgência. Em especial nas áreas rurais, afetando o desenvolvimento de setores como o agronegócio.  

Estudo da Ericsson estima aumento da demanda de conectividade entre 65-85% por diversos setores, como indústria, agronegócio e saúde, que estão apostando no 5G para minimizar os atuais problemas.  A rede 5G proporciona conectividade, com alta largura de banda e baixa latência, não apenas entre pessoas, mas principalmente entre “objetos” (máquinas, equipamentos, dispositivos. 

A tecnologia vai impulsionar, por exemplo, IoT. Sua ampla conectividade entre objetos vai transformar processos produtivos ao flexibilizar linhas de produção, inovando completamente as formas de entrega de bens e serviços. 

De acordo com Confederação Nacional da Indústria (CNI), o uso de tecnologias digitais na indústria, rumo à quarta Revolução Industrial, aumentou em 22%, em média, a capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e calçados.   

Uma nova dimensão 

Até 2025, a McKinsey prevê que processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%. Um avanço inestimável para o setor.  

Esses avanços trazem uma nova dimensão para controle de uma cadeia de valor industrial inteligente, especialmente integrada ao ecossistema de inovação e colaboração. O futuro, que já se apresenta, vislumbra micro, pequenas e médias empresas no Brasil mais bem preparadas para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais competitivo e conectado.  

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